Cerâmica (Parte 2)

Aproveitando-se das propriedades do barro, o homem começa a produzir objetos destinados ao armazenamento de alimentos, como recipientes para cereais e de guardar água.

Esses objetos de cerâmica inicialmente eram simples, evoluindo ao longo da história para artigos mais elaborados. A utilização do fogo para cozer o barro permitiu o aprimoramento das técnicas e a durabilidade dos objetos. Dessa forma, as peças de cerâmica ganham um papel fundamental na história das civilizações, revelando as tendências estéticas e artísticas, os rituais, as religiões, os medos, a indumentária, os artefatos e os costumes de cada povo.

Até ao início da Revolução Industrial, a cerâmica desenvolveu-se muito lentamente. Com o aparecimento das máquinas e o recurso de novas técnicas mais científicas, o uso foi alargado. Após milênios de lenta evolução, a cerâmica entrou numa etapa histórica com a passagem da cerâmica artesanal para a cerâmica industrial.

Uma referência

Puerto Chacho é um sítio arqueológico, do tipo sambaqui, importante situado na planície aluvial próximo ao Canal del Dique e a atual cidade de Cartagena. A cerâmica desse sítio foi fabricada pela técnica de acordelada, usando-se fibras vegetais, de maneira similar a Puerto Hormiga e San Jacinto, outros dois sítios do Formativo da Costa Caribenha-Colombiana. Esses sítios têm cerâmicas datadas entre 5.900 e 3.000 A.C. No sítio de Tapirinha na Amazônia brasileira, foram achados e datadas cerâmicas de cerca de 7.000 a 8.000 A.C. [Para ler mais: Jo Ann F. Pratt, Latin American Antiquity, 10(1), 1999, 71-85.]

A Cerâmica Ática

Cerca de 600 A.C., atenienses e coríntios desenvolveram um método para imprimir desenhos negros sobre as cerâmicas, usando o conhecimento adquirido sobre as argilas e o processo de queima. Na técnica, usa-se argila rica em ferro (reconhecida pela cor ocre), o desenho é realizado em baixo-relevo e recoberto com camada de argila branca. É feito uma pré-queima a cerca de 800 oC, em fogueira aberta e, logo após, em forno com atmosfera redutora, obtida pela adição de madeira verde ao fogo – que consome o oxigênio gerando CO em grande quantidade -, atuando como agente redutor do óxido de ferro misturado à argila até grãos de ferro metálico.


Autora: Marcela de Baumont

Ficha técnica de Marcela de Baumont:

Formada em 1976, pela UFRGS, na Faculdade de Comunicação Social, é bacharel em Jornalismo, Relações Públicas, Propaganda e Publicidade. Exerce a atividade de revisora desde a faculdade, na Editora e Gráfica da UFRGS, e também para escritores de livros e revistas em áreas diversas. Como revisora em Propaganda, tem trabalhado para importantes clientes:  Giovanni+DraftFCB, Wunderman, Grey, Publicis, Africa, MPM. Seu passatempo favorito é ler um bom livro e escrever suas poesias.


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